sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Falsos poemas

Olhei em seus olhos, mas eles nada podiam me dizer
As íris que antes me estremeciam o corpo, agora me faziam sofrer
O azul puro se tornara manchado e o espírito corrompido
Já não existia mas um amante,  apenas meu coração partido

Por mais brilhantes que sejam os poemas, eles descrevem uma ilusão
Pois a dor que corroei a alma, é a mais profunda solidão
Não se pode encontrá-la na morte, pois esta é uma perda viva
E cada vez que abro meus olhos, involuntariamente toco a ferida

Sem flores, açucares ou qualquer matéria para recuperar a confiança
Nem mesmo o tempo contém o poder de curar
O esquecimento é uma condição humana, que recusamos  a aceitar
Vivendo desconfiados e em uma duvida eterna dentro de nós mesmos

Não deixando mais íris azuis me estremecerem ou partirem meu coração
Caminho sozinha tentando compreender a louca  razão para amar
O confuso e cruel sofrimento causado pela necessidade humana de emoção
Tentando  explicar para mim mesma o significado que carrega a paixão





Autora : Sueli Cristina Zubinha Maciel