sábado, 12 de agosto de 2017

Miserável amor

Olhei em vossos olhos e amei-lhe em silêncio
Pois não havia outra forma de viver este amor
E a angustia aos poucos me consumia
A mais cruel forma de carregar esta dor

E nem mesmo um rompante frio me afastaria
Daquela a quem meu coração agora pertencia
Adeus aos dias de batidas constantes
A lágrimas e poesia se tornaram amargas amantes

Pois em seus suspiros encontrei meu ar
E em minhas palavras vi a emoção em ti brotar
Alheio a minha razão, preso por vossa honra
Corrompido pelo coração, te devoto desde a aurora

Quando a noite chega e o frio assombra meu corpo
Gélido, sem seu toque ou palavras de acalento e calor
Sofro como um miserável, que não pode se apaixonar
Enxergando e guardando-te, porém sem nunca lhe alcançar

Autora: Sueli Cristina Zubinha Maciel