terça-feira, 21 de agosto de 2018

Verdade



Se olhar profundamente em seus olhos, não verei amor a retribuir
Mas amor sempre lhe fora negado e não lhe existe um querer em sentir
Sentimentos cruéis e fora do eixo, por que​ sofrer se pode os inibir?
Talvez você seja mais feliz em seu egoísmo, sem medo de o amor lhe fugir

A cada mordida sinto seu desejo, pois de desejo você nunca se privou
Quentes noites de luxúria, o ardil em seu corpo corrupto se aflorou
Conheceste quem amara e nunca em uma delas se envolveu com paixão
Como beber o néctar doce e manter-se casto? Platonismo confusa ilusão

Um complexo de limitações e hipocrisia, é assim que define o amor
No entanto nunca viveste um em sua plenitude, desfrutando-se de seu ardor
Entrega sempre fora sua forma de viver, doce carpe diem de desordem e problemas
Sem dores, apenas sabores e satisfação, jamais sendo peão de emoções

Beijar-te sentir o ápice da liberdade, abrindo mão da razão e sanidade
Dos laços que criamos, nomeia-os inestimáveis momentos de verdade
Pois não a verdade mais real que a sentida, vivida e prazerosamente cultuada
Em seus olhos não existem emoções ou sentimentos, mas a liberdade do mundo.

Escolha do Destino



Eu ouvi poetas, profetas e os gritos no mar
Mas nunca uma voz além da sua, chamando-me a ficar
O tintilar do copo na mesa, mas uma tentativa de me esquivar
Talvez eu seja apenas um covarde, com medo de lhe machucar

Observando minha vida, acredito não ser sua melhor opção
Vivo de pecados que me corrompem e os quais não mereço perdão
Doce inocência vejo em seus olhos, em uma cruzada por redenção
Mas por mais que tente salvar minha alma, ela já se encontra em perdição

E as luzes em meu caminho, são relâmpagos de prazer e emoção
Alguns dias são mais escuros que a morte, silencio amargo da solidão
Tão cruel é o sentimento de viver e abdicar ao seu toque, nomeio de paixão
Pois pudera ser tão suave e intenso,batendo tão forte em meu coração

Em dias de tormenta, afogo-me no álcool para a dor aplacar
Pois vejo que lhe faço sofrer, mas não posso me aproximar
Deus fizera como uma piada cruel, um demônio se apaixonar

E como uma fumaça turvando minha razão sua voz surge
Delírios de quem não escolhe, mas resiste ao destino de amar
Meu anjo eu lhe beijo na areia eme despeço com seus gritos no mar



Autora : Sueli Cristina Zubinha Maciel