quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Covarde amor


Eu nunca pedi para amar-me, pois nunca soube amar direito
Palavras na mente sempre foram fáceis, exceto o vazio no peito
E se te soa como infeliz minha covardia, saiba que te amei distante
Entre tantos amantes infiéis eu o zelei, um casto amor constante

Olhei teus olhos por poucos segundos, pequenos cacos do infinito
Talvez seja austero não tentar, mas não desejo partir algo tão bonito
Os bel-prazeres o tornam inconstante, uma amarga busca mundana
Por isso vos chamo amigo, pois conheço os perigos de quem ama

A existência de uma eletricidade, selada com discretos  flertes
Diria que nosso destino estava traçado, porem não me pertenceste
Deixei-o  livre para recordar-te em canções,  pois poesia machucaria
No entanto com palavras lhe gravo, mesmo que em um amanhã fira

Atravessando o muro construído pela mudança, vejo meu querido mentor
E não preciso tocar sua pele ou articular, para verte que sinto amor
Pois no silencio amo-te mesmo que não veja e no abraço ofereço meu calor

Assim como as ondas que beijam o mar, voltaremos a nos reencontrar
Tu não lembrará das palavras turvas ditas e eu continuarei a sonhar
Pois mesmo que tomemos diferentes caminhos, sempre comigo estará




Autora: Sueli Cristina Zubinha Maciel

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